O website do Shen Yun é atacado da China
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Partido Comunista Chinês ataca grupo de artes performáticas com sede em Nova York
Em 5 e 7 de janeiro, o site oficial do Shen Yun Performing Arts foi alvo de ataques cibernéticos em grande escala. Os dados mostram que os ataques foram originados na China continental, onde foi interceptada e mobilizada uma quantidade maciça de recursos informáticos em uma tentativa de obstruir o site do Shen Yun. Os ataques foram denunciados ao FBI, para uma investigação mais criteriosa.
As táticas usadas são compatíveis com interceptações anteriores, feitas a partir da China continental contra empresas estrangeiras, governos e organizações de direitos humanos. Acredita-se que os agentes do Partido Comunista Chinês sejam a fonte desses ataques, já que apenas uma força centralizada poderia mobilizar os recursos necessários para implementar tal ataque.
O ataque coincide com a primeira semana de shows da temporada do Shen Yun em 2015 e suas performances em toda a América do Norte. O Shen Yun, uma organização sem fins lucrativos sediada em Nova York, é consensualmente reconhecida como a principal companhia de dança e música clássica chinesas do mundo.
A missão da companhia é reviver a cultura tradicional chinesa. Essa cultura tem uma história de 5.000 anos, mas foi quase destruída pelo Partido Comunista e suas campanhas, como a Revolução Cultural. Desde que foi criado, em 2006, o Shen Yun foi alvo de várias formas de ataque por parte de Pequim, que vê esta organização como uma ameaça. O Partido Comunista, por exemplo, não permite que este espetáculo da cultura tradicional chinesa seja exibido na China.
Além de temer o reavivamento cultural trazido pelo Shen Yun, o Partido Comunista ainda teme o Shen Yun porque as apresentações expõem a perseguição ao Falun Gong na China. Os praticantes do Falun Gong, uma prática de meditação espiritual, atuam proeminentemente no Shen Yun. Além disso, o show retrata - através da dança clássica chinesa - a violência perpetrada contra os praticantes do Falun Gong, e sua resistência pacífica. O Partido Comunista nega que a campanha de perseguição, que ele iniciou em 1999, esteja ocorrendo, apesar da extensa documentação dos defensores dos direitos humanos. O Shen Yun mostra essa realidade em palcos ao redor do mundo.
Em resposta, o Partido Comunista e suas embaixadas e consulados têm, por quase uma década, tentado deter o Shen Yun. Seus métodos incluíram: tentar pressionar teatros nos Estados Unidos e ao redor do mundo para cancelar apresentaçòes do Shen Yun; usar ameaças econômicas, de forma velada, para pressionar funcionários oficiais eleitos para retirarem o apoio ao Shen Yun e não assistirem as apresentações; coagir membros das famílias de artistas na China; perseguir artistas do Shen Yun durante a turnê, e até mesmo uma série de tentativas de sabotar os veículos usados nas turnês do Shen Yun.
Este cyber-ataque é o mais recente nesta série de tentativas fracassadas de parar o sucesso do Shen Yun. Até o momento, a companhia se apresentou diante de milhões de expectadores, em mais de 30 países ao redor do mundo. Este ano, ela está programada para atuar em mais de 100 cidades, incluindo alguns dos locais mais prestigiados. Nesta sexta-feira, o Shen Yun começa uma maratona de 12 shows no Lincoln Center de Nova York.
07 de janeiro de 2015