Olhando
do século XXI para a antiga China, pode parecer que a sociedade era retrógrada
e atrasada em relação ao resto do mundo. Mas, na realidade, era exatamente o
contrário.
A ciência e a tecnologia chinesas eram insuperáveis em todo o mundo até o
momento em que a Europa passou pela Revolução Industrial. Na verdade, algumas
inovações cruciais para o desenvolvimento cultural e militar europeu, como papel,
impressão, bússola e pólvora foram inventadas na China. Elas vieram para o Ocidente
cerca de 700 anos depois.
Dinastias como a Han, a Song e a Tang eram repletas de médicos, poetas e generais
brilhantes, que inventaram remédios, prosas e táticas militares que deixariam
muitos especialistas atuais maravilhados.
Só depois das Guerras do Ópio, em meados do século XIX, abriu-se um abismo no
desenvolvimento científico e tecnológico entre a China e o Ocidente. Mas isso
foi precisamente porque a dinastia Qing se desviou do espírito adaptativo da
China tradicional e da abertura à inovação.
A lacuna foi ampliada ainda mais no século XX com a campanha anti-direitista de
Mao Tsé-Tung, que perseguiu os intelectuais e infligiu castigos severos aos
chineses cultos. Mesmo hoje, apesar dos avanços econômicos da China, a
repressão, a corrupção e a censura impostas pelo Partido Comunista Chinês impedem os
intelectuais e cientistas chineses de alcançarem novos avanços científicos.
Quem sabe o quão maravilhoso seria um renascimento da cultura tradicional chinesa
e o que sua abertura em um mundo globalizado e tecnologicamente avançado poderia proporcionar?
Isso é precisamente o que Shen Yun procura trazer e descobrir.